segunda-feira, 15 de outubro de 2018

EMERITA AUGUSTA - Mérida (05)


Damos agora início ao quinto capítulo da nossa reportagem dedicada a Mérida. Alguns dirão que é demais, outros dirão que peca por ter pouca informação escrita.
Como temos vindo a dizer o Blogue é essencialmente fotográfico e mesmo assim obriga-nos a alguma pesquisa para  que as imagens não fiquem totalmente perdidas na página.

Hoje vamos debuçar-nos exclusivamente sobre a Alcáçova, o único edifício muçulmano que se conservou até aos nossos dias.

A ALCÁÇOVA

" Em nome de Alá, o clemente, o misericordioso. 
A benção de Alá e a sua protecção para os que lhe devem obediência. Mandou construir esta fortaleza e assim a fortificou, como lugar de refúgio para os que estão sujeitos à sua obediência, o Emir Ab-de-Ramen, filho de Al-Abem - Que Alá o glorifique - sob a direcção do seu arquitecto Abd Allah, filho de Kulaib, filho de Tabala e de Gaifar, filho de Mukassir, o seu liberto, mestre da construção, no mês de Rabitt II de 220 "

Segundo esta inscrição, feita numa placa de mármore instalada sobre a porta de acesso à Alcáçova para comemorar a sua construção, a obra teria sido dada como terminada no mês de Abril do ano 835 da nossa era o que indicia ter sido o primeiro monumento desta natureza erigido pelos muçulmanos em Espanha.
O principal objectivo que segundo parece teria motivado a construção desta fortaleza, foi servir de protecção aos seus governantes e súbditos durante as frequentes revoltas dos Emeritenses bem como efectuar o controle de passagem na ponte romana sobre o rio Guadiana.

Merecem destaque o seu perímetro aproximadamente quadrado ( com muros de 2,70 metros de largura por 10 metros de altura ), a Cisterna e o Pórtico Neogótico.

Vamos às habituais imagens:

Aspecto exterior da Muralha

O acesso faz-se através do edifício da Junta da Estremadura

Porta e escada de acesso

Pátio interior com porta de acesso à cidade

Entrada principal ladeada por torres de defesa

Porta de acesso à Cisterna

Como curiosidade refere-se que a Cisterna tem duas escadarias talvez para permitir maior fluidez de movimentos da população

A Cisterna

A segunda escadaria

Aspecto da área interior onde ainda se fazem escavações

Parte da muralha e vestígios arqueológicos depositados no interior

Caminhos que levam ao Pórtico Neogótico

O Pórtico Neogótico do Séc. XIX

Outra perspectiva do Pórtico

Por aqui ficamos hoje. Voltaremos amanhã dedicando o próximo capítulo às imagens das ruínas duma extraordinária casa romana, a Casa do Mitreo e aos Columbários. 
Fiquem bem



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