terça-feira, 12 de dezembro de 2017

MOSTEIRO MEDIEVAL De GRIJÓ


O Mosteiro de São Salvador de Grijó mais conhecido como Mosteiro de Grijó teria sido fundado no ano de 922 no lugar de Muraceses por dois irmãos clérigos, D. Guterre e D. Ausindo tendo vindo a adoptar o hábito e as regras da Ordem de Santo Agostinho no ano de 938.

Transferido no ano de 1122 para o local onde hoje se encontra viu a sua igreja finalmente sagrada pelo então Bispo do Porto D. Pedro Salvadores.

O avançado estado de ruína em que se encontra no Séc. XVI leva a que, em 1535, D. João III decida efectuar a sua transferência para o Mosteiro da Serra do Pilar.
Esta atitude do Rei não foi bem aceite por uma grande maioria dos clérigos e o eco deste desacordo motivou o Papa Pio V a separar de novo  Mosteiros fazendo regressar os monges a Grijó.

Entre 1572 e 1629 decorreram as obras de reabilitação do Mosteiro, o qual seria definitivamente extinto em 1770 sendo todos os seus bens transferidos para o Convento de Mafra.

Na ala norte do Claustro do Mosteiro é possível apreciar o Túmulo de D. Rodrigo Sanches, filho bastardo de D. Sancho I que, ferido em combate, morreu às portas deste Convento.
Este túmulo românico, mandado construir por sua irmã D. Constança está considerado como monumento nacional.

No exterior do Mosteiro podem ser apreciadas duas lápides em mármore. Uma refere o cemitério dos soldados que aqui morreram durante as invasões francesas e a outra é dedicada ao célebre escritor Júlio Dinis que aqui se teria inspirado para escrever "As pupilas do senhor Reitor" e "A Morgadinha dos Canaviais"

Vamos às imagens:

















Aqui fica mais um pequeno excerto que não passa duma "gota no oceano" da nossa tão rica história mas, é isto mesmo que nos move, indo à descoberta das pequenas histórias por vezes tão pouco divulgadas. Fiquem bem e... até breve.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

MOSTEIRO MEDIEVAL de PEDROSO


Situado na freguesia de Pedroso, concelho de Vila Nova de Gaia este mosteiro pertenceu à Ordem de São Bento.

Há elementos documentais que referem a sua fundação entre os séc. X e XI baseando-se numa escritura datada do mês de Fevereiro de 1046 que se relaciona com a edificação do mosteiro por ordem de Ederónio Alvitiz e sua esposa.

Momento de grande relevo no historial deste mosteiro tem a ver com o facto de aqui ter vivido Frei Pedro Julião o qual viria a tornar-se no Papa João XXI.

À época da expulsão dos Jesuítas o conjunto Igreja, Mosteiro e Quinta teria sido desmenbrado com a venda da Quinta a privados e destruição do Claustro.

Felizmente manteve-se a Igreja, intocável até aos nossos dias e modernizado o seu interior de modo a poder desempenhar as actividades de culto e o papel de Matriz da freguesia.

Esta Igreja Medieval está declarada de interesse público desde 14 de Maio de 2014.

Seguem as imagens que captamos:















Aqui fica o testemunho da existência de mais um elemento da nossa história medieval que merece destaque. Na nossa opinião a transformação do interior do mosteiro em igreja tradicional descaracterizou-o o que é lamentável mas... neste país...
Esperamos voltar em breve. Fiquem bem.


segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Casa-Museu TEIXEIRA LOPES - (06)


Será esta a última edição dedicada ao magnífico museu. E quase sem darmos por isso já chegamos a seis edições.

Foi um trabalho ( se assim se pode chamar ) que, fotográficamente falando, nos deu muito gozo fazer pelo facto de sentirmos que esta Casa-Museu merece, sem a menor dúvida, ser dada à estampa e ser melhor divulgada.

Esta " Casa Museu Teixeira Lopes " tem enormes potencialidades e é constrangedor verificar que só tem movimento e vida quando nela se realizam eventos no seu agradável salão. Haverá que fazer algo para que o público ali se desloque, não pelos eventos, mas sim para apreciar a qualidade das valiosas obras que encerra.

Pela nossa parte esperamos que esta humilde reportagem possa levar a Carta a Garcia a bem da Cidade de Gaia e da memória de António Teixeira Lopes.

Vamos às imagens finais lembrando que devem abri-las para verem em tamanho maior:

Detalhe do monumento à guerra Peninsular

A Viúva (1890 )

Detalhe da escultura " A Viúva "

A Caridade ( 1902 )

Detalhe da escultura " A Caridade "



Flora ( 1904 ) 




A Dor ( 1898 )

A Dor encontra-se em Bronze no Jardim dos sentimentos do Palácio de Cristal

Verdade - Monumento a Eça de Queirós ( 1903 )

Detalhe do monumento " A Verdade " 

Retrato do Artista exposto na Casa-Museu

Sala de acesso ao exterior

E aqui terminamos.

É verdade. Terminamos esta visita a um local que priviligiamos, visitamos regularmente e apoiamos na página dos amigos da Casa-Museu.
Esperamos assim ter contribuído para uma melhor divulgação deste lugar de culto à escultura nacional.
Como sempre fica a promessa de voltarmos logo que possível com novos assuntos.
Até lá. Fiquem bem.




domingo, 5 de novembro de 2017

Casa-Museu TEIXEIRA LOPES - (05)


Damos hoje entrada na Sala de exposições e no Atelier. 

São várias as obras de arte que se encontram expostas e depois do que já foi escrito nas anteriores edições e sem mais delongas passamos de imediato a mostra-vos as imagens que captamos das várias esculturas presentes.
Em algumas obras, que consideramos mais emblemáticas,  colocamos uma pequena legenda com o título e o ano em que foi produzida.

Ei-las:



Raínha Santa Isabel ( 1895 )

Raínha Santa Isabel ( detalhe )

Monumento a Alfredo Keil ( 1928 )


Túmulo a Almeida Garrett ( 1902 ) 


Maqueta do monumento a Camões ( 1905 )


Monumento a La Couture ( 1925 )


Santo Isidoro de Sevilha ( 1889 )


Os Pais de António Teixeira Lopes

Monumento à Guerra Peninsular


Mantendo o mesmo número de imagens das anteriores edições ficamos por aqui hoje. amanhã iniciaremos a semana com uma nova edição e assim nos vamos aproximando do final desta interessante reportagem. Fiquem bem.